Wednesday, October 1, 2008

DOSSIER ILLEGAL GOLD MINING ACTIVITIES IN THE YANOMAMO LAND WILL BE LAUNCHED THIS WEEKEND!




Nashville - After systematizing the last informations provided by Hutukara and CCPY (www.proyanomami.org.br) on gold mining activities in the Yanomamo land, our blog is preparing a dossier on the questions that Yanomamo are facing in Roraima. Following this, there will be also an abstract of activities I developed during my summer working in the Hutukara Yanomami Association.  I hope you can read and download it!

Gold miners spread out in the Yanomami land in 2008!


CCPY and Hutukara delivered a map of the gold miner activity in the Yanommo land. Such activity is illegal in Brazil and a huge impact on the Yanomami villages is taking place, mainly on epidemics such as malaria and flu, but also some cases of dengue. We urge the Brazilian government and other agencies to expel them from the indigenous land as soon as possible, keeping the Constitution of 1988 in its own vigor. I will be reporting some other news and documents as soon as I can link that on line.



Law project 1057/07 forbids infanticide in traditional societies in Brazil


The Law-project number 1057/07 signed by Henrique Afonso and Janete Peita forbids infiticide in traditional communities in the Brazilian territory. Based on Human Rights, specially on Children rights, the authors defend a full pedagogic plan in the villages and communities to avoid it. See all details of this law-project below (in Portuguese): 

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS
PROJETO DE LEI No 1.057, DE 2007

Dispõe sobre o combate a práticas tradicionais nocivas e à proteção dos direitos fundamentais de crianças indígenas, bem como pertencentes a outras sociedades ditas não tradicionais. 

Autor: Deputado Henrique Afonso 
Relator: Deputada Janete Rocha Pietá 

I - RELATÓRIO
Trata-se de proposição com o objetivo de combater práticas de comunidades indígenas e outras sociedades não tradicionais que sejam nocivas à proteção dos direitos fundamentais de crianças. Alega o nobre Autor que “a presente proposição visa cumprir o disposto no Decreto 99.710, de 21 de novembro de 1990, que promulga a Convenção sobre os Direitos da Criança, a qual, além de reconhecer o direito à vida como inerente a toda criança (art. 6º), afirma a prevalência do direito da criança à saúde, em caso de conflito com as práticas tradicionais, e a obrigação de que os Estados-partes repudiem tais práticas”. (...)

Compete-nos o pronunciamento quanto ao mérito da proposta. É o relatório.

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS
SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI No 1.057, DE 2007
Acrescenta o art. 54-A à Lei nº 6.001, de 19 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o Estatuto do Índio. 

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º Acrescente-se o art. 54-A à Lei nº 6.001, de 19 de dezembro de 1973:

“Art. 54-A. Reafirma-se o respeito e o fomento às práticas tradicionais indígenas, sempre que as mesmas estejam em conformidade com os direitos humanos fundamentais estabelecidos na Constituição Federal e internacionalmente reconhecidos.
Parágrafo único. Cabe aos órgãos competentes a realização de campanhas pedagógicas permanentes nas tribos que, dentro de seus conhecimentos tradicionais, se utilizem das seguintes práticas:
I - homicídios de recém-nascidos, independente da motivação;
II - homicídio de crianças;
III - atentado violento ao pudor ou estupro;
IV - maus tratos;
V - agressões à integridade física e psíquica de crianças e seus genitores, por meio de manifestações culturais e tradicionais que, culposa ou dolosamente, configurem violações aos direitos humanos reconhecidos pela legislação nacional e internacional.”

Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Sala da Comissão, em 17 de julho de 2008.
Deputada Janete Rocha Pietá 
Relatora

Informal agreement between Venezuelan and Brazilian Armies solves tensions in the border



















Boa Vista- In accordance of several Yanomami from Papiu as well as from other nearby villages, Venezuelan Army is crossing illegally the Brazilian border. Brazilian authorities were in the village and they saw clearly a Venezuelan helicopter landing in a bordering Yanomami village without authorization from the Brazilian Army in the beginning of 2008. Some weeks after this event, there were no traits that the Brazilian government was interested on this issue. Since last year, it is common to see Venezuelan soldiers crossing the border, asking for food and eventually threatening some Yanomami (the nature of that must be analyzed in depth). The "inefficacy" (or loss of interest due political reasons and corruption) of the Brazilian Army in removing the gold miners of the region is obviously allowing the violation of the Brazilian territory.  Hutukara Yanomami Association already asked the Brazilian Government to take initiative of what is happening, but no formal/diplomatic action was taken until now. The limit between Brazil and Venezuela was established in 1750 with official topographic demarcation missions between 1755 and 1756. Differently from Guyana Essequibo, that Venezuela wants to "acquire" from the Cooperative Republic of Guyana, Roraima was one of the first Amazonian lands to be incorporated by Portugal and soon after by the Federative Republic of Brazil. The Yanomami demonstrate tremendous anxiety on this situation, summing as another factor among other that make difficult their lives in the Yanomamo highlands, near the Orinoco headwaters.

News on this issue was introduced this week, when informally the Brazilian Army informed on an unofficial agreement between Brazil and Venezuela about crossing each other borders with no additional diplomatic problems.  By the way, there is no official notes on this illegal circulation in the border and the Yanomami wait for clarifications of the case.

Illegal gold miners threat Yanomami people

From Instituto socio-ambiental

Sobrevivência dos Yanomami está ameaçada por garimpo ilegal em Roraima
[19/09/2008 12:12]

Nesta quinta-feira, 18/9, a Hutukara Associação Yanomami, com sede em Boa Vista (RR), divulgou carta recebida da comunidade do Alto Catrimani, endereçada à Funai de Roraima, relatando que o garimpo ilegal está poluindo o rio Catrimani. Por conta disso, estão passando fome porque quase não há peixes, não podem beber água e nem tomar banho.

Como se não bastassem os problemas que enfrentam em relação à saúde, às invasões de suas terras por fazendeiros, o garimpo ilegal que já existia está crescendo nas terras Yanomami, em Roraima. Nesta quinta-feira, 18/9, a Hutukara Associação Yanomami, com sede em Boa Vista (RR), divulgou carta recebida da comunidade do Alto Catrimani, endereçada à Funai de Roraima, relatando que o garimpo ilegal está poluindo o rio Catrimani. Por conta disso, estão passando fome porque quase não há peixes, não podem beber água e nem tomar banho. O garimpo está ameaçando sua sobrevivência.

A carta divulgada ontem pela Hutukara Associação Yanomami denuncia a ameaça que os Yanomami do Alto Catrimani vêm sofrendo por conta do garimpo ilegal instalado naquela região, e que parece ter se ampliado nos últimos meses em função do aumento do preço do ouro e das eleições municipais que se realizam em todo o País em outubro. Pipocam relatos de aviões que desembarcam garimpeiros nas terras indígenas e da omissão das autoridades em relação aos caos que tomou conta da região.


Leia a carta na integra:

Baixo Catrimani I, 14 de agosto de 2008
Hutukara Associação Yanomami - HAY

Catrimani ha kami yamaki pihi pata xuhurumu, uti thëha tha? Mau u xami mahi yaro, yamaki yari moimi, yamaki aka amixi kõowei yama upë hekeimi, ni mai maprarioma yamaki yurimumaki pë iaimi kuayaro ipa thë pë ohi, inaha kua yaro xawara awai kupru proropëni awai thaamaihe, kami yamaki mau upë hami ai pë kua, kami yamakini yama pëha taamaha arini yamakini mai xëpraremahe, hei tëhë motor pë kae yamou ahetuhe, balsas pëxo, motores pëxo, voadeiras pëxo, porá kapi pista kipë yai kohipë pouhe, kami yamakiha thë yai kohipë hoximi kua. inaha kami yama kihami thë kuai yaro, kami yamakiha inaha thë kua, 2003 thë kuo tëhë Policia Federal pëni proropë koremama kihi ai pëha tukuoikini apiama hoxo totihia yapaa kopraremahe, ihi tëhë Policia Federal pë hutaanimi, awei, 2006 thë kuotëhë Funai a kuo xoao tëhë garimpeiro pë kuo xoaoma, kama yano e kuamakure yano ani mai proke kuapë a, hehami FUNAI a yai kuaimi hapa tëhë documento yamaa xëmai hikioma maki pë kopranimihe, yamakiã hai xi waripruhikioma maki,ihi maki ai yamaa ximaihe yatio xoa, yamapë yai kopramai pihio yaro, hei tëhë ma ki pata thë pëxo ,kua yaro thë moyamiowei yama thë peximai ,xaari thë thaiwei yamathë peximai.

Cordialmente,

Assinaturas:
Iramar Yanomami
Michel Yanomami
Sairá Yanomami
Gilson Yanomami
Masarope Yanomami
Donaldo Yanomami
Robea Yanomami
Sarneite Yanomami
Genivaldo Yanomami
Ricardo Porari Yanomami - Professor
Marinaldo Xamari Yanomami - Professor
............................................................
Dário Vitório Xiriana
Tesoureiro – HAY
Telefone Celular: (95) 9132-3926
Hutukara Associação Yanomami - HAY


Ninam Ethnohistory in the 27th Northeast Conference on Andean Archaeology and Ethnohistory


Gerson Levi-Mendes, ethnoarchaeologist and second-year graduate student at Vanderbilt University will be presenting on October 12th a paper on Ninam Ethnhistory based on colonial files that he has been working in the last 2 years. However, the main files arrived to him this year thought Professor Istvan Jancso (President of the Institute of Brazilian Studies, University of Sao Paulo) and Projeto Resgate that joined and digitalized thousand of Brazilian colonial documents from the Ultramarine Archive in Lisbon, Portugal. Read his abstract below. The Conference will be at Orono, University of Maine. A first draft was presented to graduate students and faculty in the Department of Anthropology on September 26th. Below the abstract approved to the Conference.

Ninam ethnohistory: A historical synthesis based on Portuguese colonial texts of the Sao Jose do Rio Negro province, Amazon, Brazil 

Gerson Levi-Mendes, Vanderbilt University 

Based on early colonial records and explorer's journals and documents of the Sao Jose do Rio Negro Province dated between the XVIIIth and XIXth centuries, the first ethnohistorical synthesis of the Ninam Indians in the Colonial era is reconstructed. Being the smallest and one of the most isolated linguistic Yanomami subgroups, the Niman were never previously detected in historical records. External Karib or Nheengatu denominations of Yanomami subgroups had failed to detect earlier contact between Brazilian settlers and the eastern Yanomami, to which the Nimam belong. Based on Ninam oral history, ethnoarchaeological studies and colonial files, it is now possible to identify and reconstruct the first contacts with and references to these people.

Tuesday, September 30, 2008

Yanomami from Kayanau denounces disrespect on Yanomami culture


Read below a letter written by the Yanomami from  Kayanau asking the remotion of a Funai (National Foundation for Indigenous Assistance) representative and its replacement by other representative.  It is becoming very common in the Yanomami recent history to have some cases of interethnic friction and, eventually, some abuse of power in the Yanomami land. Some of these cases resulted in victims, such as Ajarani 2's trail in which one Yanomami was murdered, or even the Boas Novas' trail in 1984, today an abandoned Ninam village, in which 2 Ninam were killed by a Funai representative evolved with illegal gold mining activities. The letter written in Yanomae was translated into Portuguese by Hutukara Yanomami Association.





Tradução da Carta das Lideranças do Kayanaú para FUNAI, solicitando a retirada imediata do Chefe de Posto – Patrício Mota de Magalhães, por desrespeito aos Yanomami.

Kayanaú, 07 de setembro de 2008.

Nós povo Yanomami do Kayanaú escrevemos documento sobre o comportamento do Chefe de Posto da FUNAI. Bom, nós Yanomami escrevemos este documento, o chefe de Posto da FUNAI queremos que ele vá embora da Região porque ele anda falando muita coisas ruins do Yanomami, tais como: “vocês Yanomami são muito fedido, preguiçosos e só usa cabelo redondo”. O Chefe de Posto da FUNAI, ele trabalha assim na região do Kayanaú, nós Yanomami não queremos mais ouvir falar dele. Por isso nós encaminhamos este documento para a Hutukara. Quando ele faz o trabalho dele na nossa comunidade, mas também deveria vigiar, proteger e respeitar os Yanomami, e isto nós queremos agora. Por isso não aceitamos mais est situação. Ele não mora na Comunidade, sempre vai para o Uxiú, abandona tudo e por isso nós lideranças Yanomami ficamos muito chateado com ele, e queremos outro Chefe de Posto da FUNAI o mais rápido possível ainda este ano, é importante que seja um casal para poder trabalha direito na nossa Comunidade do Kayanaú. Vocês da FUNAI de Boa Vista pode trocar (substituir) o Chefe de Posto o mais rápido possível, nós Yanomami não queremos mais ouvir falar mal dos Yanomami aqui na Comunidade do Kayanaú, as autoridades da FUNAI pedimos que retire o Chefe de Posto imediato. O nome do Chefe de Posto da FUNAI é Patrício Mota de Magalhães.

Acabamos nossas palavras das lideranças.
Cordialmente,

Assinaturas:

João Davi Maraxi Yanomama– Presidente Conselho de Saúde.
Tomé Hera Yanomama – Tuxaua
Raimundo Oina Yanomama
Eduardo Toroto Yanomama
Joel Komati Yanomama
Lourenço Ropey Yanomama
Sarney Hayari Yanomama
Kuatan Aiamo Yanomama
Jorge Yurimotima Yanomama
Amazonas Xoomuku Yanomama
Dinarty Xuina Yanomama
Antõnio Tihiri Yanomama – Professor

Observação: Tradução para o Português feita por Dário Vitório Xiriana (Tesoureiro da HAY).

Ethnoarchaeology and Indigenous Rights

Someone can ask: "what's ethnoarchaeology?" or "what's the relation between ethnoarchaeology and indigenous rights?". For those who born in South America or in Papua New Guinea there are a lot of bridges and connections not already established by our social sciences standards. By the way, a young generation of South American anthropologists and archaeologists from Chile, Brazil, Peru, Venezuela have had some meetings through the years in several portions of the continent asking themselves which are the connections between indigenous rights and social sciences. Moreover,  what can we effectively do in order to shrink human impacts these populations are suffering? How to transform our academic knowledge in any thing better than our well-known "intellectual inability to abandon our ethnocentrism". If you are one of those guys who feels that you should be born Yanomamo and not a Western or sub-Western (from Huntington's perspective), then I invite you to share your thoughts here. If you also believe that we have an indigenous teleological mission against mental slavery under Western or any closed total system, you are very welcome. And, believe me, fractal hegemony is also power.

This is a opened space for deep debates in Ninam, Yanomae, Sanuma, Djwarib; Shamathari, English, Spanish, Portuguese, Hungarian, Finnish, Yidish, Tzotzil, K'iche, Hebrew and what else we can afford here! Welcome to our page! Bien venidos a nuestro sitio en internet! Bem-vindos a esta pagina!!